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A Neuropsicologia é uma interface ou aplicação da Psicologia e da Neurologia, que estuda as relações entre o cérebro e o comportamento humano. Sua principal área de atuação é na compreensão de como lesões, malformações, alterações genéticas ou qualquer agravo que afete o sistema nervoso causam déficits (alterações) em diversas áreas do comportamento e da cognição humana. A Neuropsicologia pode também trabalhar em conjunto com outros profissionais, como pediatras, fonoaudiólogos e psicopedagogos por exemplo, já que uma abordagem multidisciplinar é necessária para abranger todos os aspectos de uma dada patologia.

 

Para identificar lesões cerebrais, é realizado a Avaliação Neuropsicológica. Assim, é possível observar os efeitos cognitivos e comportamentais causadores de desordens neurológicas. Este processo pode determinar quais funções cognitivas estão preservadas e quais estão comprometidas; esse tipo de avaliação mede determinadas habilidades e, a partir dessa avaliação, é possível saber o tipo de intervenção necessária para cada paciente em caráter individualizado. De modo geral, o processo é indicado para pessoas de todas as idades. Em crianças, geralmente, a avaliação é voltada para alterações comportamentais muito ligadas às dificuldades de aprendizado. No entanto, também pode ser indicada para casos de transtornos psicológicos e do comportamento, suspeita de demência, Alzheimer dentre outros.

 

Para recomendar um tratamento de sucesso é preciso definir qual é o problema do paciente e como ele se apresenta. Dessa forma, é necessário realizar Diagnóstico Diferencial, visto que existem quadros clínicos com manifestações semelhantes, o que pode causar confusão e atraso no tratamento. Assim, a Avaliação Neuropsicológica é capaz de ajudar outros profissionais da área da saúde, como os Médicos, a definir qual é a doença e a melhor forma de abordá-la.

 

Uma mesma doença pode se apresentar em diferentes graus, ou seja, existem pacientes mais comprometidos que outros. Estabelecer o prognóstico é importante para determinar o curso de evolução da patologia e qual será o seu impacto ao longo dos anos. As intervenções de tratamento podem abordar o funcionamento cognitivo, ou seja, o trabalho de reforço das funções cognitivas como a memória, linguagem ou outra alteração que acometa o paciente. É possível que o trabalho também atue no ambiente de convivência do paciente, tornando os seus familiares participativos no processo de tratamento e reabilitação. Em alguns casos também é indicado tratamento multiprofissional, com a ajuda de fisioterapeutas, fonoaudiólogos e outros profissionais da área de saúde.

 

A Avaliação Neuropsicológica é capaz de delimitar melhor em que local (ou locais) do tecido cerebral está a disfunção. Sendo assim, fica mais fácil orientar qual é o tratamento ideal, assim como contribuir para a mudança na terapia medicamentosa e psicológica. Ao avaliar quais são os pontos fortes e as fraquezas cognitivas, a avaliação neuropsicológica estabelece um guia que orienta os profissionais sobre quais funções devem ser reforçadas e aperfeiçoadas, e aquelas que devem ou podem ser substituídas por outras para facilitar o cotidiano do paciente. O objetivo é reinserir o indivíduo na comunidade o mais precocemente possível e, caso não seja possível, atuar na adaptação individual e no grupo familiar.

 

Após o diagnóstico, a reabilitação de um paciente é possível devido à plasticidade cerebral, que é a capacidade do cérebro de se autorregenerar. O Neuropsicólogo pode auxiliar o paciente a reestruturar hábitos e melhorar as relações sociais, possibilitando uma maior qualidade de vida.

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Os encontros psicoterápicos podem ocorrer entre 1 e 3 sessões semanais e acerca da duração poderá variar entre 30 e 180 minutos.

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