A Psicoterapia Longitudinal de Caráter Interventivo é um tratamento colaborativo, em que paciente e Psicólogo trabalham juntos para resolver as questões desejadas. Uma das principais ferramentas utilizadas na psicoterapia é a fala, pois é através dela que o paciente poderá expressar todos seus pensamentos em consultório. O ambiente da terapia é acolhedor, e a postura do especialista é objetiva, neutra e sem julgamentos.
Com a ajuda do Psicólogo, é possível identificar as causas e os padrões comportamentais que possam estar lhe impedindo de ter uma vida mais feliz. A Psicoterapia ilustra de maneira clara, os pontos que necessitam de atenção e reparo em nosso cotidiano, para que possamos atingir um estado de satisfação emocional.
Por ser uma área da saúde mental, a Psicoterapia é a principal linha de cuidado para qualquer assunto referente a expressão de funcionamento (público e privado) da personalidade. Para isso, propõem intervenções psicológicas, cujos objetivos centrais são:
1. Restabelecer a adaptabilidade do funcionamento psicológico e comportamental do paciente;
2. Permitir que o paciente compreenda as causas do que lhe acomete, para que possa encontrar recursos emocionais para lidar com suas dificuldades e as situações-problema que surjam durante a vida;
3. Desenvolver meios de agir no mundo, redefinindo seus traços de personalidade;
4. Solucionar problemas pontuais, que o afligem, bem como observar questões de cunho mais existencial.
Numa perspectiva epistemológica, a Psicoterapia Longitudinal explica os transtornos psicológicos e do comportamento baseados na história de aprendizado do paciente e nas interações dele com seu meio, e tem por objetivo o restabelecimento das competências do paciente de controlar seu comportamento e de influenciar suas emoções e percepções. Apesar de também ter um olho voltado para o passado, essa modalidade terapêutica se concentra sobretudo no presente e trabalha com métodos como treinamentos, condicionamento operante, habituação, reestruturação cognitiva, o diálogo socrático, métodos psicofisiológicos, entre outros. Todo ser humano possui em si uma força interna que, se não for impedida por influência externa, o conduz à sua plena realização. Assim algumas situações-problema ocorrem como fruto da incongruência entre a autoimagem e a experiência pessoal, neste ínterim busca-se fomentar as forças de autorrealização do paciente.
Sobre o aspecto processual, isto é, que se refere ao trabalho terapêutico em si, aqui, podem se observar os seguintes efeitos como o fortalecimento do relacionamento terapêutico, a intensificação da expectativa de sucesso do paciente, sensibilização do paciente a fatores que ameaçam sua estabilidade psicológica, um mais profundo conhecimento de si mesmo (autoexploração) e a possibilidade de novas experiências pessoais. No aspecto direto, isto é, que se refere às consequências da terapia na vida do paciente. Aqui, se diferenciam os microefeitos dos macroefeitos. Os microefeitos referem-se aos pequenos progressos que acontecem durante a terapia, entre os encontros: o paciente experiencia novas situações, emoções, novas facetas de si, novas formas de comportamento. Já os macroefeitos dizem respeito às consequências a longo prazo e às mudanças mais profundas, relacionadas às estruturas mais centrais da personalidade e do funcionamento da personalidade: o paciente adquire novas posturas em relação a si mesmo e aos demais, adquire novas capacidades e competências. Sobretudo, uma terapia realizada com sucesso conduz a um aumento da autoeficácia, ou seja, da convicção do paciente de ser capaz de lidar com os problemas que o faziam sofrer, o que leva a um aumento da autoestima. Outros efeitos são ainda uma compreensão maior dos problemas que afligem o paciente e da história de vida, que conduziu a eles.
Os encontros psicoterápicos podem ocorrer entre 1 e 3 sessões semanais e acerca da duração poderá variar entre 40 e 90 minutos.